Foco

Novo enfoque para a saúde

Em reunião com prefeitos eleitos, nova gestão da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde elencou a atenção básica como atuação principal

Paulo Rossi -

Prefeitos eleitos e representantes dos municípios da Zona Sul discutiram na tarde de ontem os rumos da saúde no próximo ano, quando se iniciam os novos mandatos dos governantes, em reunião organizada pela 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (3ª CRS). O foco na saúde da família e o uso consciente do dinheiro público receberam atenção especial durante a conversa.

A tripartite da saúde foi lembrada, com explicações sobre os deveres de municípios, Estado e União na garantia do serviço. Mas o papel primordial das localidades recebeu a maior ênfase do novo coordenador da regional, Gabriel Andina, que assumiu o cargo no fim de novembro. “Queremos resgatar o protagonismo dos municípios”, declarou ele, ao explicar sobre o projeto-piloto do Estado, que diagnosticará as demandas das cidades para então fazer contratações, através da 3ª CRS. Para o prefeito eleito de Pedro Osório, Moacir Otilio Alves (PMDB), a tarde foi produtiva. Ele pode perceber que os investimentos em atenção básica no município vêm dando resultados, e nos quatro anos que terá como gestor pretende descentralizar a doação de remédios, para que a população tenha acesso mais fácil, além de aumentar os repasses ao hospital da cidade.

Quem também terá trabalho em sua primeira gestão é o prefeito eleito de Herval, Rubem Dari Wilhelnsen (PSDB). Ele considera a situação no município boa, principalmente se comparada à de outras cidades que passam por problemas, como Rio Grande e Canguçu, mas admite que é preciso aperfeiçoar os profissionais. “Planejar, integrar e treinar é o que faremos”, declarou ele.

Aplicação de verbas
O novo coordenador também informou que as dívidas dos hospitais da região, que remontam a 2014, estão sendo pagas, graças a um acordo com a Famurs. Contudo, para que esse problema seja sanado e o orçamento volte a subir, a gestão aposta no investimento correto do dinheiro público, a fim também de evitar situações como a do Hospital de Caridade de Canguçu e da Santa Casa de Rio Grande, que diminuíram leitos por causa de cortes no repasse do Estado. “Dinheiro público deve virar serviço. Todo recurso precisa ser bem aplicado”, enfatizou Andina.

Outra aposta para a aplicação correta de verbas, e também diminuição das filas de espera, é o sistema Telessaúde. A parceria entre o governo do Estado e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) disponibiliza especialistas, de forma gratuita, que podem ser contatados por qualquer profissional de saúde para auxiliar em consultas, através de telefone e e-mail. O sistema que existe há quatro anos já foi utilizado 27 mil vezes - 258 em Pelotas e 212 em Rio Grande -, e seu uso contínuo diminuiu em 50% os encaminhamentos para filas de espera. O Telessaúde funciona no 0800 6446543.

Suspensão do estado de greve em Pelotas
Em assembleia geral, os trabalhadores do setor aprovaram a proposta de reajuste de 5% sobre o mês de novembro, aplicado nos hospitais filantrópicos da região. Ficou decidido também que negociarão um novo reajuste com a patronal em maio de 2017, baseado no índice de inflação de novembro de 2016 a 31 de abril de 2017.

Ficaram mantidas as cláusulas sociais do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HU) e da Convenção Coletiva, e deverá ser cumprido o piso regional dos técnicos de enfermagem no valor determinado em fevereiro de 2016.

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